Este blog é dirigido a todos aqueles que desejam investir no mercado de acções, mas que pretendem fazê-lo de forma segura.

terça-feira, 5 de abril de 2011

O poder dos juros compostos.

Os juros compostos podem ser o maior aliado do investidor e uma das ferramentas mais importantes no investimento financeiro. Trata-se de transformar os rendimentos do capital em capital, fazendo com que eles, agora capitalizados, possam também produzir rendimentos.
Se ganhar uns dividendos ou umas mais valias, o investidor não deverá gastar esses rendimentos. Deve sim investi-los, multiplicando o efeito do ganho.
Na tabela seguinte é possivel verificar o aumento do capital com e sem capitalização de juros:



Como verificámos através da analise da tabela o, o poder dos juros compostos, é uma das grandes tácticas de imvestimento

quarta-feira, 23 de março de 2011

Estratégia que bate a média do mercado.

Joel Greenblat, é o fundador e director da Gotham capital, uma sociedade privada de investimentos que tem obtido retornos anuais de 40 por cento desde o inicio de actividade, em 1985. O autor desenvolveu uma fórmula muito simples de investir com sucesso na bolsa. Segundo o autor se comprassemos acções de empresas que simultaneamente tenham um elevado rendimento e um grande lucro sobre o capital, ganharíamos "uma pipa de dinheiro". É legítimo pensarmos - Como é possível que uma coisa tão simples e evidente dê resultado no mundo real? - Segundo o autor, possuir uma carteira de cerca de trinta acções, durante os últimos 17 anos, que fossem a melhor combinação de um grande retorno sobre o capital com um elevado rendimento, teria rendido aproximadamente 30.8 por cento ao ano. Investindo dessa forma 11.000 euros ter-se-iam transformado em mais de um milhão. Durante o mesmo período, o mercado em geral teve um lucro médio de cerca de 12.3 por cento anuais. Com esse juro, os mesmos 11.000, ter-se-iam transformado em 79.000 euros, o que apesar de ser um retorno muito satisfatório não é um milhão.

A fórmula mágica de Joel Greenblat

A fórmula não é mais do que aplicar os conceitos falados até aqui. A fórmula começa com uma lista das maiores empresas cotadas numa determinada bolsa. Por exemplo, quinhentas empresas. Em seguida, estabelece uma escala de precedência para essas empresas, de um a quinhentos, baseada no retorno sobre o capital. A empresa com maior lucro sobre o capital ficaria em primeiro lugar e a empresa com menor lucro sobre o capital (provavelmente uma empresa que está a perder dinheiro) ficaria na posição quinhentos. Em seguida, procedemos da mesma forma mas agora a classificação é por ordem do rendimento. A empresa com o rendimento mais alto fica no primeiro lugar e aquela que tem um rendimento mais baixo fica em ultimo lugar. Em seguida combinam-se as duas classificações. Não estamos à procura da empresa que tem o melhor retorno sobre o capital ou a empresa com mais elevado rendimento. Estamos sim à procura de empresas com a melhor combinação dos dois factores. Portanto, uma empresa que ficou no 10º. lugar em relação ao retorno sobre o capital e no 25º. lugar relativamente ao rendimento, receberia uma classificação combinada de 35 (10+25). Conseguir boas classificações nas duas categorias (embora sem ter as melhores classificações em nenhuma delas) seria melhor, dentro deste sistema do que ficar à frente numa categoria e apenas bem colocada na outra.

domingo, 20 de março de 2011

Como descobrir as acções baratas?


    É difícil prever o futuro. Se não conseguimos prever os rendimentos que um negócio vai ter no futuro, é difícil avaliar esse negócio. Se não conseguimos avaliar uma empresa, então, mesmo que o mercado enlouqueça e nos ofereça preços de saldo, não seremos capazes de os identificar. Dado que não conseguimos prever o futuro devemos concentrar-nos nas informações que podemos obter. 
Pretendemos encontrar acções que sejam baratas. Trata-se, portanto, de determinar qual é o nosso rendimento comparado com o preço de compra. Por exemplo, se compramos uma acção por 10 euros e a parte que nos coube dos lucros da empresa foi de 5 euros, o nosso retorno sobre o valor de compra foi de cinquenta por cento. Esta questão indica-nos se o preço da acção é ou não barato. Mas, para além  do preço, podemos querer saber algo mais sobre a natureza do negócio em si, por outras palavras, estaremos a comprar um bom negócio ou um mau negócio?
    Há muitas maneiras de definir o que torna um negócio bom ou mau. Entre outras coisas, poderíamos olhar para a qualidade dos seus produtos ou serviços, a lealdade dos seus clientes, o valor da marca,o talento dos gestores, ou as perspectivas de negócio a longo prazo. Todos estes critérios seriam úteis para avaliar se estamos a comprar um bom ou mau negócio. Contudo todas estas abordagens envolveriam prognósticos que não são nada fáceis de fazer. Imagine, por exemplo, duas empresas A e B com um lucro anual de 50.000  euros cada, poderíamos ser tentados a concluir que os dois negócios são igualmente bons. Agora se lhe disserem que para criar o negócio A foram investidos 500.000 euros e para criar o negócio B 750.000 euros, tornava-se evidente que o negócio A é melhor pois com um menor investimento inicial gerou o mesmo lucro, ou seja, tem maior lucro sobre o investimento.

O Senhor Mercado

  Benjamin Graham, foi um dos maiores pensadores e escritores do mercado de valores. Ele definiu o mercado como sendo um louco com grandes variações de humor. O Sr. Mercado quer comprar a nossa parte do negócio por um preço específico e o investidor tem três hipóteses: pode vender a sua parte ao Sr. Mercado pelo preço que ele oferece; pode comprar acções do Sr. Mercado pelo mesmo preço; ou pode não fazer nada. Às vezes, o Sr. Mercado está tão bem-disposto, que nos oferece um preço muito mais alto do que o valor real do negócio. Nesses dias, provavelmente faria sentido vender ao Sr. Mercado a sua parte da empresa, outras vezes, ele está de tão mau humor, que estipula um valor muito baixo para o negócio. Nesses dias, devemos aproveitar a oferta maluca do Sr. Mercado e comprar acções. No mundo do mercado de acções é exactamente isso que se passa. Se, por exemplo, o mercado está a vender acções da IBM a 25 euros e achamos que elas valem 50, então podemos considerar o preço de 25 ridiculamente baixo e compramos algumas acções. Porém se considerarmos que as acções só valem 20 euros, obviamente não vamos comprar e, se tivermos algumas, possivelmente deveríamos vende-las. Se, finalmente considerarmos que as acções valem de  27 a 30 euros, podemos decidir não fazer nada. A 25 euros por acção, o preço não representa um desconto suficiente para que se compre, nem uma oferta suficientemente generosa para que se venda. Graham referia-se a esta prática - comprar acções de uma empresa apenas quando estavam à venda por um preço muito inferior ao seu real valor - como um investimento com margem de segurança. Graham percebeu que o segredo de investir com segurança e confiança era usar sempre o princípio da margem de segurança ao decidir a compra de acções  de um parceiro tão maluco como o Sr. Mercado. A conjugação destes dois princípios tem sido utilizada com muito sucesso por alguns dos maiores investidores de todos os tempos.                                                                                            

Porquê investir em acções?

    Muitas pessoas desejam abrir o seu próprio negocio, mas quantos realmente o conseguem fazer? E dos que conseguiram, quantos tinham o conhecimento suficiente para poderem ser bem sucedidos? Grande maioria das empresas fecha as portas nos primeiros anos de vida, portanto a não ser que tenham alguma forma de acrescentar algo ao que existe no mercado, as suas hipóteses de sucesso são muito reduzidas.

    Uma alternativa menos arriscada é investir em acções. As acções não são mais do que uma participação na sociedade de empresas de capital aberto. Através da bolsa de valores qualquer pessoa pode comprar participações de empresas. O desafio deixa de ser gerir a própria empresa, e passa a ser seleccionar as melhores empresas para se tornar sócio. Além de poder diversificar o investimento em diversas empresas, em diferentes sectores de actividade e em qualquer parte do mundo, não é necessário que o investidor abdique da sua actividade principal e do seu ordenado.